Acho ainda mais cênico que qualquer peça é o pré-peça.Aquele instante onde os atores param, respiram fundo e se preparam para iniciar a mágica.O ritual que ocorre ali já é teatro. Começa o aquecimento vocal,corporal e a preparação interior para enfrentar uma platéia lotada, ou pior, uma vazia.Respira, grita, pula, aquece...Para...Reza.Nunca entrei no palco sem uma oração.Seja sozinha no canto da coxia, ou com um colega que também se apega à alguma força superior, ou ainda com o grande elenco.A energia corre, se expande, invade aos poucos cada um.As maos dá-das,direita em cima, esquerda embaixo, Pai Nosso, Ave Maria, aqui em Santos: "TODOS OS DIAS SOBRE TODOS OS PONTOS DE VISTA, VAMOS CADA VEZ MELHOR" e a explosão, o merda que soa como musica, como o terceiro sinal, chegou a hora.Já rezei com a mão no chão, na parede do teatro, e já ergui pro céu e pedi ser digna de tamanha honra.Me apego a fé, e peço a bençao à essa força superior para poder pisar no palco.
Sou careta nesse ponto, faço tudo certinho, levo meu amuletos pro teatro e me recuso entrar em cena sem meu ritual.
Teatro é energia constante!É técnica sim, mas também é fé e força!
Merda SEMPRE
Foto Marta Perticarrari (que a cada dia me orgulha mais)
Meu Deus! A cada dia fico mais boba com você, sabia? Que texto é esse? Estou BOBA! Não. E essa foto? FODA! Que orgulho, minha amiga.
ResponderExcluirRafa! Achei você! Maravilhoso o texto e foto! E pois é, depois que o teatro começa a alimentar nossas almas vira uma necessidade física. É o tipo de coisa que da vontade de olhar pro céu e agradecer por ter encontrado isso, porque caso contrário a vida não seria tão bonita.
ResponderExcluiressa foto tá de arrasar! marta se superou! rs
ResponderExcluirparece bobagem, mas eu acho bonito e justo a gente se apegar a esses "amuletos".
vou te contar um segredo. no dia do reapresenta de a invasão, eu precisei ir buscar uma coisa em casa, mas não quis contar o q era, não sei se vc lembra. é pq podiam pensar q era bobagem, desnecessário. mas era algo essencial pra mim. invisível aos olhos. e eu não piso num palco sem ele.
beijo e saudade